ARMANDO MONTEIRO DENUNCIA BOLSA ELEIÇÃO E DIZ QUE O GOVERNO CRIOU PRÊMIO PARA OS INFIÉIS

O senador Armando Monteiro (PTB) e o deputado federal João Paulo (PT), pré-candidatos ao Governo do Estado e ao Senado Federal, respectivamente, estiveram hoje pela manhã em Garanhuns e à tarde em Caetés. Nas duas cidades eles falaram em recintos fechados, prestigiados por lideranças de todos os municípios da região.

Armando Monteiro enfatizou em seus discursos as ações do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma voltadas para os setores mais carentes da população. Lembrou ainda o grande volume de obras do Governo Federal em Pernambuco, que em sua opinião mudou para melhor a realidade do Estado. “Lula e Dilma deram dignidade ao povo brasileiro”, frisou.

O senador disse que ele, João Paulo e o grupo político que o acompanha estão no mesmo caminho, lutando por mudanças e querendo consolidar os avanços dos últimos anos. Ele afirmou que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), pré-candidato a presidente fazendo oposição a Dilma, foi quem mudou de lado.

Com relação à disputa estadual, Armando criticou o que chama de Bolsa Eleição, que no seu entender é uma espécie de prêmio aos infiéis ou aos traidores. “Se há dinheiro, porque não chega também para os que são fiéis”, questionou.

Na avaliação do pré-candidato petebista o povo pernambucano é altivo e não abrirá mão de escolher livremente o seu governador. Ele lembrou que sua candidatura e a de João Paulo foram discutidas nos partidos, passaram por um processo de “construção democrática”, ao contrário do que aconteceu no PSB.

“Uma pessoa, se sentindo o dono do Estado, indicou com o dedo, não foi nem com a mão, o seu candidato. Mas governador é para ser eleito e não nomeado”, protestou o senador. Na oportunidade ele agradeceu aos petistas por terem formalizado a aliança com o PTB, após um processo de discussão democrática que durou dois meses.

JOÃO PAULO – A trajetória política do deputado federal João Paulo foi destacada pelo senador Armando Monteiro. O próprio petista lembrou sua caminhada, forjada na luta ao lado dos trabalhadores. Filho de um cobrador de ônibus, de uma família pobre que muitas vezes não tinha nem condições de pagar o aluguel de uma casa e por isso ia morar com os parentes, o parlamentar foi operário, se elegeu vereador da capital e prefeito do Recife numa eleição em que poucos acreditavam nele.

João Paulo acha que o quadro político pernambucano atual favorece a sua candidatura e a de Armando Monteiro. “Tenho andado por todas as regiões e sinto uma energia positiva. Estamos unidos e o povo está acreditando nas nossas propostas”, observou o ex-prefeito da capital.

OUTRAS LIDERANÇAS - Entre as lideranças que estiveram em Garanhuns e alguns também em Caetés podem ser citados os prefeitos Izaías Régis, Renato (Palmeirina), Padre Jorge (Iati), Armando Duarte (Caetés), Maurílio Almeida (Alagoinha), Ronaldo Ferreira (Brejão) e Felipe Porto (Canhotinho).

Estiveram ainda no Hotel Tavares Correia os deputados Pedro Eugênio (PT), Silvio Costa (PSC) e Silvio Costa Filho, além dos pré-candidatos Washington Cadete, Romário Dias, Álvaro Porto, bispo Ossessio Silva e Rosa Quidute, esta vice-prefeita de Garanhuns.

Prestigiaram os petebistas ainda ex-prefeitos como Silvino Duarte e Bartolomeu Quidute (Garanhuns), Dudu (Capoeiras), Lindolfo Almeida (Caetés), e Zé do Leite (Saloá). Estavam no encontro do Tavares Correia Douglas Cavalcanti do PSB de Angelim, acompanhado de quatro vereadores do partido, Quebra Santo, de Lagoa do Ouro, o vice-prefeito de Saloá José Antônio, Enilda Leonel (Paranatama), o ex-vice-prefeito de Capoeiras Edgar Rodrigues, a maioria dos vereadores de Garanhuns e parlamentares das diversas cidades do Agreste Meridional.

Um discurso que chamou a atenção foi o de Silvino Duarte. Ao explicar sua opção por Armando Monteiro, quando destacou sua experiência e competência, o ex-prefeito disse que o petebista conhece o Estado e quando vem ao interior “não precisa de GPS”. Foi uma indireta a Paulo Câmara (PSB), que na sua acepção está conhecendo os municípios de Pernambuco durante a campanha e precisa de guias humanos ou das novas tecnologias para não errar o caminho.