segunda-feira, 2 de junho de 2014

VEJAM AI O QUE É POLITICA

DILMA E EDUARDO EMPATADOS EM PERNAMBUCO

Apesar de ter sido reeleito com a maior votação da história de Pernambuco e de ter saído do Governo amplamente aprovado pela população, o socialista Eduardo Campos não consegue estar à frente de Dilma Roussef (PT) nem mesmo em seu Estado. Conforme a última pesquisa do IBOPE, que apontou Armando Monteiro liderando a disputa estadual, Eduardo e Dilma estão empatados em Pernambuco.

Eduardo tem 40% da preferência do eleitor, Dilma 39% e o tucano Aécio Neves apenas 3%. Como em toda pesquisa existe uma margem de erro de pelo menos dois pontos para mais ou para menos, o socialista e a petista estão dividindo quase que meio a meio o eleitorado pernambucano.

Leia também as matérias abaixo:

- Zé da Luz admite que apoio de prefeito pode ser negativo 
- Por que Paulo Câmara não cresce?
- Armando Monteiro e João Paulo lideram com folga

ZÉ DA LUZ ADMITE QUE APOIO DE PREFEITO PODE SER NEGATIVO

O ex-prefeito de Caetés, Zé da Luz (PHS) está com Paulo Câmara (PSB) para o Governo do Estado, porém está convencido de que a eleição não será fácil e o senador Armando Monteiro hoje está na vantagem.

O trunfo do socialista, na avaliação de José Luiz Sampaio, é o apoio da maioria dos prefeitos de Pernambuco. Ele pondera, no entanto, que isso pode ser uma faca de dois gumes. “Se o prefeito estiver mal avaliado a população vota contra o seu candidato”, acredita.

Para Zé da Luz, no momento conturbado que o país vive, com muita insatisfação e protestos nas cidades, a maioria dos gestores sofre uma cobrança muito grande e a avaliação termina sendo negativa.

O ex-prefeito de Caetés chegou a cogitar a possibilidade de apoiar o senador Armando Monteiro, mas atendendo o desejo de suas bases fechou com Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho.

Para deputado estadual está conversando com Ivo Amaral Júnior, porém deixa claro que só o apoiará se o PSB garantir consistência a sua candidatura.

“Recebi um pedido da majoritária para ficar com Ivo Júnior, mas só posso ficar com ele se o partido fortalecer seu nome em outros municípios”, avisa Zé da Luz. O humanista admite também que fica difícil levar o nome do filho do ex-prefeito de Garanhuns a Caetés, porque lá seu grupo político já tem compromisso com Marcantônio Dourado.

Leia matérias abaixo:

- Por que Paulo Câmara não cresce? 
- Armando e João Paulo lideram com folga

POR QUE PAULO CÂMARA NÃO CRESCE?

Lançado como candidato à sucessão estadual em fevereiro deste ano, pelo então governador Eduardo Campos, o ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), até agora não saiu do canto nas pesquisas, apesar do apoio de maior número de partidos e de quase todos os prefeitos de Pernambuco.
Os números das primeiras pesquisas devem ter sido avaliados com naturalidade pelos socialistas, afinal de contas Paulo nunca disputou nenhum cargo público e é um completo desconhecido para grande parte do eleitorado.
Mas já estamos em junho e apesar do apoio de Eduardo e de tantas forças políticas o socialista continua patinando. Já percorreu as mais importantes cidades do interior com a Agenda 40, rodeado por deputados e lideranças expressivas da capital e interior, mas seu nome parece não estar sendo assimilado pelo eleitor.
Pesa contra Paulo Câmara o fato de ser um técnico sem experiência política e o cargo mais expressivo exercido em sua carreira de burocrata foi a de Secretário da Fazenda. Sua função era arrecadar, cobrar imposto e convenhamos, esse trabalho não rende votos em Pernambuco nem na Conchincina.

O ex-secretário está no prejuízo também porque seu principal padrinho político, Eduardo Campos, renunciou ao Governo de Pernambuco para disputar a Presidência da República. Fora do Estado, cuidando de sua campanha, o neto de Arraes não pode andar com seu pupilo a tiracolo para tentar lhe transferir votos.

Para completar, Eduardo estacionou na faixa dos 10% na corrida pelo Palácio do Planalto e esse índice aquém do esperado pelo pré-candidato ajuda a puxar Paulo Câmara pra baixo. Dificilmente o PSB fará o governador de Pernambuco com seu candidato no plano nacional ficando num distante terceiro lugar na disputa.

Há de se considerar ainda, neste quadro político, que o adversário de Câmara nesta eleição é um cidadão que tem história no Estado. É neto de Agamenon Magalhães, considerado por muitos um dos melhores governadores de Pernambuco e um verdadeiro estadista. Seu avô foi político e também o seu pai, Armando Monteiro Filho.

Armando Neto é empresário respeitado, foi dirigente de entidades patronais de peso, exerceu seguidos mandatos de deputado federal sem nunca ter praticado um gesto que desabonasse a sua conduta. Foi aliado de Eduardo Campos na eleição de 2010 e se elegeu senador com uma votação consagradora, superando inclusive Humberto Costa, que todos esperavam fosse o mais votado.

Outro fator ainda está ajudando Armando na disputa majoritária: É o candidato de Lula e Dilma e isso está pesando muito nas pequenas cidades do interior. Em municípios como Caetés, Capoeiras, Jupi, Angelim, São João e muitos outros quando um pré-candidato a qualquer coisa chega numa casa, especialmente na zona rural, a primeira coisa que o pai de família pergunta é se ele está apoiando o indicado pelo ex-presidente da República e sua sucessora.

Esse quadro vai ser difícil de mudar, a não ser que tenhamos uma grande reviravolta na política nacional. Caso o Brasil perca a Copa e no país se instale um clima de revolta, com Eduardo Campos crescendo nas pesquisas, isso poderá beneficiar Paulo Câmara.

A perspectiva, porém, no momento não é muito animadora. Este será um mês perdido em termos de pré-campanha porque a população nos próximos dias vai se voltar para o futebol. Depois teremos somente três meses de busca pelo voto e convenhamos que não será muito fácil um candidato sem história, com um discurso que até seus aliados acham fraco, reverter uma vantagem de mais de 30 pontos percentuais.

Por enquanto Armando Monteiro é favorito e é um político com os pés no chão. Alguns dos seus correligionários, entusiasmados, querem entrar no clima do “já ganhou”. O senador, sereno, recomenda calma. Acha que ainda tem muito chão pela frente e a eleição se ganha no dia a dia, com discurso, proposta e coerência. Não se pode cometer erros nem subestimar o adversário. O petebista está certo em evitar o triunfalismo e todos que simpatizam com sua candidatura têm mais é que trabalhar. Até outubro, quando então o povo de Pernambuco fará sua escolha com a independência e sabedoria observada nos últimos pleitos majoritários.

Leia post logo abaixo:

- Armando Monteiro e João Paulo lideram com folga

ARMANDO E JOÃO PAULO LIDERAM COM FOLGA

A adesão de prefeitos ao candidato do PSB, Paulo Câmara, parece estar tendo efeito contrário. É o que se deduz do resultado da pesquisa do IBOPE divulgada hoje onde o senador Armando Monteiro (PTB) lidera a corrida pelo Governo do Estado com 43%, contra apenas 8% do socialista. Jair Pedro (PSTU) e José Gomes (PSOL), somaram 2% cada um.

Armando Monteiro ganha com folga em todas as regiões de Pernambuco e quando o IBOPE pergunta ao eleitor se o candidato é Armando com o apoio de Lula e Dilma o senador pula para 53%. Câmara, ancorado por Eduardo e Marina Silva, chega aos 21%.

O petebista tem ainda a menor rejeição na pesquisa, de apenas 9%, contra 17% do ex-secretário de Fazenda do Estado.

E IBOPE quis saber ainda quem irá vencer a eleição de governador de Pernambuco. Para 46%, o vitorioso será Armando Monteiro, enquanto 10% creem na vitória de Paulo Câmara.

A vantagem do candidato oposicionista se reflete na disputa pelo Senado. João Paulo (PT), aliado de Armando, tem 40% das intenções de voto, segundo o IBOPE. Fernando Bezerra Coelho (PSB) aparece com 18%.

O petista tem melhor desempenho na Região Metropolitana do Recife, mas vence também no interior.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 29 de maio e foram entrevistados 1.008 eleitores em todo o Estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MANDA VER