quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Mensaleiro tucano renuncia para adiar sentença no Supremo
Sob pressão de Aécio Neves, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) renunciou a seu mandato na Câmara. Ele é o principal réu do processo do mensalão tucano, e o partido teme danos do resultado do julgamento à candidatura de Aécio Neves (MG) à Presidência. Azeredo é presidente do PSDB e ex-governador de Minas. Acusado de ter recebido em sua campanha ao governo mineiro em 1998 dinheiro público, se disse em sua carta de renúncia vítima de "uma tragédia".
Denunciado no caso do mensalão tucano com pedido de pena de 22 anos de prisão pelo Ministério Público, o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) renunciou ontem ao cargo de deputado federal, a pedido do PSDB.
Com a decisão, o processo contra Azeredo deve deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) e seguir para a justiça mineira, significando, na prática, um alívio para a candidatura do presidenciável tucano, o senador mineiro Aécio Neves.
O julgamento pelo STF estava previsto para este ano, apesar de o processo ainda não estar pronto para a pauta o debate às vésperas do período eleitoral constrangia o PSDB.
Na carta de renúncia, Azeredo mencionou as pressões políticas que vinha sofrendo. "Não vou me sujeitar à execração pública por ser um membro da Câmara dos Deputados e estar sujeito a pressões políticas", afirmou na carta.
Também disse: "Uma tragédia desabou sobre mim e minha família, arrasando o meu nome e a minha reputação", diz
Com a renúncia, fica aberta a possibilidade de o caso previsto para ser julgado neste semestre no STF (Supremo Tribunal Federal) ser devolvido à primeira instância --o que poderia atrasá-lo para até depois das eleições.Além disso, se o caso começar a tramitar na Justiça mineira, Azeredo teria direito a uma série de recursos em instâncias superiores. Com isso, alguns crimes poderiam prescrever.
Com a renúncia, fica aberta a possibilidade de o caso previsto para ser julgado neste semestre no STF (Supremo Tribunal Federal) ser devolvido à primeira instância --o que poderia atrasá-lo para até depois das eleições.Além disso, se o caso começar a tramitar na Justiça mineira, Azeredo teria direito a uma série de recursos em instâncias superiores. Com isso, alguns crimes poderiam prescrever.
O homem do castelo
A vaga de Azeredo deverá ficar para Edmar Moreira (PTB-MG), que em 2009 ficou conhecido como "o deputado do castelo". Ele é o segundo suplente na coligação, mas herdará o posto porque o primeiro suplente, Rui Adriano (PSDB-MG), foi eleito prefeito de Montes Claros em 2012. Moreira ganhou notoriedade em fevereiro de 2009, quando se revelou que ele era o dono de um imóvel semelhante a um castelo medieval, construído em São João Nepomuceno (MG).
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