segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


UM PLANO PARA AMARRAR O PSB.



Preocupada com a movimentação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, uma ala do PT começou a levantar uma proposta polêmica para amarrar a aliança nacional com o PSB em 2014. A ideia seria tirar a vice da presidente Dilma Rousseff das mãos do PMDB para entregá-la aos socialistas. Em troca, o governo montaria um pacote de compensação para o PMDB, do hoje vice-presidente Michel Temer. A cereja do bolo seria a cabeça de chapa na eleição em São Paulo.

Embora seja vista com muito ceticismo por vários setores do partido, a tese traz à memória o episódio Ciro Gomes (PSB), em 2010. Numa articulação liderada pelo ex-presidente Lula, o partido ofereceu a Ciro a cabeça de chapa na eleição paulistana, mas ficou a ver navios após meses de articulação. O Ciro da vez, dizem alguns petistas, poderia ser o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo no ano passado.

Hoje, o PT não tem um nome natural e com apoio interno para disputar o Palácio dos Bandeirantes. Ninguém descarta a possibilidade de Lula lançar mais um “poste” na eleição, mas a avaliação é a de que as alternativas hoje colocadas ainda não estão consolidadas.

Segundo os mais críticos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda não conseguiu estabelecer uma marca para sua gestão na pasta. Outra alternativa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, firmou uma boa bandeira de campanha na parceria com o governo paulista para a segurança pública, mas a resistência ao seu nome dentro do PT paulista é forte. Alguns dirigentes do PT ainda enxergam no prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, uma opção.

De qualquer forma, assim como ocorreu com Ciro, qualquer tentativa de convencer o PT a abrir mão de lançar candidato próprio na eleição em São Paulo acirraria os ânimos no partido. “A eleição em São Paulo ainda vai passar por uma articulação nacional. Vai haver uma negociação com outros partidos, é claro. Mas ceder a cabeça de chapa em São Paulo me parece quase impossível”, disse o secretário de Comunicação do PT, André Vargas.

Por: Clarice Oliveira do IG Notícias.

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