segunda-feira, 3 de março de 2014

Coluna da terça-feira - Blog do Magno

Coluna da terça-feira - Blog do Magno
     Candidato do PSB a governador, o secretário da Fazenda, Paulo Câmara, passou com dificuldades hoje no seu primeiro teste de fogo. Para quem nunca enfrentou um desafio gigantesco que se apresenta como este, seu discurso não foi precário, mas poderia ter sido bem melhor.
Faltou, convenhamos, assessoria. A impressão é que o candidato não foi previamente treinado e preparado. Se não tinha a devida segurança, o melhor para Câmara teria sido a leitura de um discurso na sua inteireza, rico, com frases de efeito, feito para emocionar. Mas preferiram jogá-lo na fogueira.
Resultado: a fala improvisada e não preparada cuidadosamente não mexeu com os corações da plateia. O improviso, aliás, acabou sendo a tônica do evento. O local só veio ficar pronto faltando poucos minutos para o anúncio. A cobertura jornalística ficou prejudicada pela invasão literal ao auditório por parte de aliados do governador, políticos em geral e penetras.
A ideia original não era um ato político, mas uma coletiva com a Imprensa, que acabou não havendo como deveria, mas um remendo de improviso. Um horror! Candidato ao Senado, o ex-ministro Fernando Bezerra roubou a cena, como se esperava, enquanto o governador centrou seu discurso em cima do projeto presidencial, recheado de críticas ao Governo Dilma.
Presente, o vice-governador João Lyra Neto, que estaria traumatizado e desgostoso com o processo da escolha da chapa, não discursou, mas teve seu ego carregado por citações de todos os oradores – de Sileno Guedes (presidente estadual do PSB), Raul Henry, candidato a vice-governador, Fernando Bezerra, candidato a senador, Câmara ao próprio Eduardo.
Na sua fala, Câmara passou muito mais segurança quando tratou da sua trajetória e de questões de natureza técnica, mas no campo da política construiu frases pobres, recorrendo ao lugar comum, sem emocionar. Emoção também foi um ingrediente ausente em todo o seu pronunciamento.
Diferente do governador, que fez uma fala com o coração, chegando, em alguns momentos, a se emocionar e chorar quando se referiu a um homem de cabeça branca na plateia, o mestre Ariano Suassuna, da geração de seu avo, o ex-governador Miguel Arraes, e do seu pai Maximiano Campos, cujo legado disse ser a sua inspiração no dia a dia da vida pública.

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